Osteoartrose do quadril

O quadril é uma das articulações que carregam nosso peso. Por isso, existe o risco do desenvolvimento de uma artrose ou osteoartrose na região. Os ossos do quadril possuem um revestimento de tecido liso e macio, que pode deslizar suavemente e causar um “desgaste” no osso, que é a chamada osteoartrose do quadril.

O diagnóstico é mais comum em pacientes que possuem histórico familiar da doença. Outros fatores de risco são obesidade, lesões de forcem a cartilagem do quadril e idade avançada. Porém, pessoas novas também podem ter osteoartrose do quadril. 

A videoartroscopia de quadril é um procedimento preservador comum para casos de osteoartrose leve. Quando o desgaste já é muito intenso, geralmente é feita a substituição do quadril por prótese.

Osteonecrose da cabeça do fêmur

A osteonecrose da cabeça femoral, também conhecida como necrose avascular ou necrose asséptica, acontece quando há interrupção do suprimento sanguíneo ao osso do fêmur, causando microfraturas e deformações no osso.

Oito vezes mais comum em homens do que em mulheres, a osteonecrose da cabeça do fêmur costuma atingir pessoas com menos de 40 anos de idade que têm um estilo de vida sedentário. A ingestão de álcool ou uso de medicações corticoesteróides são as maiores causas da patologia. 

O diagnóstico é feito através de exames de imagem e os possíveis tratamentos são o tratamento não cirúrgico, cirúrgico com preservação do quadril e cirúrgico com artroplastia (prótese de quadril), em casos mais graves.

Síndrome do impacto femoro acetabular

O impacto fêmoro acetabular acontece quando há um contato anormal e desgaste entre o fêmur e o osso da pelve (acetábulo), resultando em dores e limitação da mobilidade do quadril. 

Existem dois tipos de impactos fêmero acetabular: o tipo Came (resultado do excesso de osso na cabeça do fêmur) e o tipo Pincer, ou pinçamento (ocorre no encaixe do quadril). Muitas vezes, a lesão é ocasionada pelos dois tipos de impacto. 

A princípio, as formas de tratamento são repouso, mudança nas atividades diárias e uso de medicações analgésicas. Caso a dor persista, o médico pode recomendar o tratamento cirúrgico feito por vídeo (artroscopia). Esse procedimento é rápido e pouco doloroso.

Bursite
trocanteriana

A bursite trocanteriana, ou bursite no quadril, é uma causa comum de dor no quadril e acontece quando há inflamação das bursas trocanterianas (tecidos sinoviais). Essa inflamação geralmente é causada por movimento exagerado dos tendões e fáscias sobre o osso. 

É comum que os pacientes com bursite trocanteriana possuam, também, doença na coluna lombar, membros inferiores com comprimentos diferentes, artrose do joelho, entre outros. 

A maioria dos pacientes com bursite no quadril podem ser tratados de maneira não cirúrgica, com o uso de medicações, fisioterapia e infiltrações. O tratamento cirúrgico é indicado apenas para casos mais graves.

Dor glútea
profunda

A dor glútea profunda é caracterizada por dor e formigamentos nas regiões da nádega, do quadril ou da coxa posterior, atingindo a área do nervo ciático. 

A diminuição da mobilidade e dor na nádega ou quadril são alguns dos sintomas da patologia. Porém, o diagnóstico ainda é complexo, pois a doença pode ser confundida com outras dores na região lombar, intra ou extra articular do quadril. 

Para diagnosticar a dor glútea profunda, é necessário um diagnóstico diferencial, através de conversa entre médico e paciente, descoberta de possíveis fatores de risco, avaliação de história familiar e hábitos de vida, exames de sangue e imagens, entre outros.

Osteoartrose
do joelho

Dor e incapacidade de joelho podem ser sintomas de osteoartrose, uma doença caracterizada pelo desgaste da cartilagem nas articulações do joelho. Essa patologia ocorre com mais frequência em adultos mais velhos e idosos. 

A osteoartrose costuma ser mais comum em articulações que sustentam o peso do corpo, como joelhos, coluna e quadris e o diagnóstico é feito através de exames físicos e de imagem. O médico especialista leva em consideração o histórico clínico, o exame de toque e as radiografias. 

Não há tratamento para recuperação da cartilagem que já foi desgastada, mas é possível controlar a dor e obter maior qualidade de vida através de tratamentos medicamentosos e não medicamentosos, como atividades físicas, fisioterapia, estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), campo magnético pulsado e acupuntura.

Bursites e tendinites do joelho

A bursite e a tendinite no joelho possuem sintomas muito semelhantes, apesar de serem patologias diferentes. Ambas provocam dor na movimentação do joelho, aumento de temperatura na região e podem causar vermelhidão e inchaço.

A tendinite ocorre quando há inflamação de um tendão (fibras que conectam o músculo ao osso) e a bursite é a inflamação da bursa, um tecido que envolve as articulações e amortece ossos, tendões e tecidos musculares. 

Para a realização do diagnóstico, é necessário uma avaliação médica cuidadosa e exames físicos como ultrassonografias e ressonâncias magnéticas para avaliar qual é a patologia e o tratamento adequado. Os tratamentos envolvem repouso, fisioterapia e uso de medicamentos. Raramente há necessidade de procedimentos cirúrgicos para casos de bursite e tendinite no joelho.

Condromalácia
patelar

A condromalácia patelar, também chamada de síndrome da dor patelofemoral, é causada pelo desgaste da cartilagem do osso da patela (ou rótula), que fica localizada na parte da frente do joelho. 

O desgaste pode ter várias causas, como traumas no joelho, sedentarismo, desalinhamento do joelho, obesidade, excesso de atividades físicas de alto impacto e idade avançada. A condromalácia patelar costuma atingir, principalmente, as mulheres. Entre os sintomas estão dor leve, inchaço e ruídos ao movimentar o joelho. Porém, nem sempre a condromalácia patelar causa dor, por isso, marque uma consulta assim que sentir desconforto na região. 

O tratamento da condromalácia patelar pode ser longo, com duração média de 6 a 12 semanas, e envolve uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapias e infiltrações caso as dores persistam. A cirurgia é feita somente em casos mais avançados.

Ortopedia
geral

A Ortopedia Geral é a especialidade médica que se dedica ao diagnóstico e o tratamento de patologias nos ossos, músculos, ligamentos, articulações e outros partes do sistema locomotor do corpo humano.

Podem incluir desde lesões por movimentos repetitivos (como as tendinites), passando pela artrose (o desgaste da cartilagem das articulações), deformidades ósseas (como a escoliose), até lesões provocadas por traumas ósseos.

Outra importante área de atuação da especialidade é na medicina esportiva, quando são tratadas as lesões esportivas características dos movimentos e impactos causados por cada esporte em particular.

Fraturas

As fraturas ósseas, comumente conhecidas como “ossos quebrados”, são perdas na continuidade que fazem com que um osso sofra alterações na sua forma. Elas podem ser causadas por diversos fatores, tais como traumas (como nas quedas e acidentes), o uso excessivo de álcool e drogas, efeitos colaterais de tratamentos oncológicos, além das doenças que enfraquecem o sistema esquelético, como a osteoporose.

O tratamento costuma envolver a estabilização das fraturas por meio da imobilização do local afetado e/ou realização de intervenções cirúrgicas.

Infecção
óssea

As infecções ósseas, também conhecidas como osteomielite, é um tipo de infecção que pode chegar a um osso viajando pela corrente sanguínea ou espalhando-se a partir de tecidos próximos. Elas também podem começar no próprio osso, caso uma lesão exponha o osso a micro-organismos nocivos.

Fumantes e pessoas com doenças crônicas, tais como diabetes ou insuficiência renal, possuem maior risco de desenvolver a osteomielite. No caso dos indivíduos com diabetes, a infecção pode se desenvolver nós pés caso o paciente tenha úlceras nos membros inferiores.

O objetivo do tratamento é livrar-se da infecção e reduzir os danos aos ossos e aos tecidos circundantes, para tanto costumam ser prescritos antibióticos com objetivo de combater as bactérias causadoras da infecção, e em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover o tecido ósseo necrosado.